sábado, abril 29, 2006

Ajudem-me!

Depois de ter visitado "A Invenção de Morel", fui assaltado por uma interrogação que não me larga: numa altura em que se ouve falar de tantos casos ocultos e não assumidos, e tendo em conta as más companhias em que eu ando, poderei eu já ser trotskista, sem o saber? Isso será possível? Sabem se há algum teste para determinar? Ajudem-me, por favor!

"No 25 de Abril Estava em Braga"

Bolas! Até o José Mário Silva lá esteve! E tirou fotografias e tudo! Eu cheguei atrasado, como de costume. Ainda vi a cauda do desfile (nunca me tinha acontecido). Depois vim por ali abaixo a toque de caixa, abrindo caminho por entre as camionetes, um rancho folclórico, uma banda filarmónica, uma data de miúdos vestidos todos da mesma cor que faziam uma chinfrineira desesperada a tocar bombos e até uma marcha popular, ou seja lá como for que se chama a um desses destacamentos de pessoas com arquinhos e de ar aborrecido que costumam descer a avenida noutro dia (ter-se-ão enganado no dia? Eu já me tinha apercebido do paralelo entre o desfile do 25 de Abril e as marchas; nunca tinha visto nenhuma ao vivo, no entanto).
A certa altura, entreguei um cravo a um senhor que o tinha deixado cair, que me agradeceu, com ar surpreso, dizendo "Obrigado, camarada!". Eu não sei vocês, mas a mim é raro tratarem-me por camarada. Só por isto já teria valido a pena ir.
E o que é que estão a fazer todas aquelas pessoas que costumam estar paradas de cada lado do desfile? Estão a assistir? São a favor? São contra (se assim é, porque é que não fazem um ar reprovador?)? Não podem andar? Não encontram nenhuma secção do desfile em que se sintam em casa? Julgam que é preciso comprar bilhete?
Whatever. Já não consegui apanhar o Bloco, e muito menos o PC, mas ainda consegui ver meia dúzia de totós com a bandeira amarela da Juventude Socialista, provavelmente muito ocupados a imitar vozes para fazer parecer que eram mais e que o PS lá estava.
Quando cheguei ao Rossio já estavam a desmontar o palanque. Estão-me a ver esta? Já nem consegui ouvir o hino nacional, muito menos o "Grândola, Vila Morena".
This sucks...
Vamos lá ver se consigo chegar a horas ao 1º de Maio...

Comunista

A resposta a dar a quem, malevolamente (podemos sempre encontrar quem o faça por bem), nos apelide de "comunistas":

"A diferença entre mim e um comunista não cabe na sua cabeça."

quarta-feira, abril 26, 2006

Neologismo

Disseram-me agora (e tenho mais que fazer do que andar a vaguear pela Internet em busca de confirmação de uma história destas) que a mãe de Sylvester Stallone faz dinheiro a ler o futuro no rabo das pessoas. Isso fará dela uma "rabomante"?
Não sei bem porquê, "rabomância" parece-me um óptimo termo para descrever o que faz um bom número dos comentadores políticos da nossa praça... Estarei a ser de algum modo influenciado, nesta estranha associação, pelas figuras incontornáveis do Prof. Marcelo e de Paulo Portas? Talvez não: assim como assim, quando tento concretizar a minha impressão pessoal daquilo que seria um digno praticante da disciplina esotérica da "rabomância", a personalidade que surge à cabeça, prototípica, é inegavelmente José Manuel Fernandes. Vá-se lá entender as nossas percepções poéticas...

terça-feira, abril 11, 2006

Para que Não Restem Dúvidas

Embora a RTP, por exemplo, prefira fingir que não presta muita atenção (que é para não dar maus exemplos), enquanto se afadiga em fanatismos religiosos pascais, que ninguém pense que a gente não sabe (e que não sabe que vocês sabem) que a notícia do dia foi a derrota estrondosa do neo-liberalismo marado que representou o abandono do "Contrato para o Primeiro Emprego" em França. Tomem e vão-se catar! A "Decadência da Europa" está em marcha e vai bater-vos à porta!

domingo, abril 09, 2006

Aonde Irão a Seguir?

Fica já aqui registado, que é para depois não virem dizer que o ataque não estava já decidido muito antes de quaisquer resoluções, sanções e essa fantochada toda, ou desculparem-se com o desconhecimento das verdadeiras intenções e motivações da administração Bush, ou ainda virem dizer que foram de facto cometidos erros mas que ninguém podia antever as consequências:

"The Iran plans", por Seymour Hersh, na "New Yorker".

p.s.: eu cá para mim estava a espera do ataque para depois das eleições intercalares, em Novembro. Vamos a ver se acerto...